domingo, dezembro 30, 2007

Cobrança do Imposto de Renda fica menor a partir de janeiro.

RIO - Duas mudanças na cobrança de impostos vão aliviar o bolso dos contribuintes brasileiros a partir do dia 1º de janeiro: o fim da CPMF e a correção da tabela do Imposto de Renda, prevista na Medida Provisória 340, de 29 de dezembro de 2006.

A MP garante a correção de 4,5% em todas as faixas de cobrança do imposto, número que coincide com a meta de inflação do governo para este ano, de acordo com Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Assim, faixa do salário que é isenta do imposto sobe dos atuais R$ 1.313,69 para R$ 1.372,82. Assim, além de aumentar o número de pessoas que deixará de pagar o imposto, a mudança beneficia todos os contribuintes, já que a correção atinge todas as faixas de renda.

Não haverá mudança nas alíquotas do IR, que serão mantidas em 0%, 15% e 27,5%, mas sim nos valores nominais que as separam. Além disso também haverá correção de 4,5% nas chamadas parcelas a deduzir, que servem para garantir, por exemplo, que um trabalhador com salário de R$ 2 mil, tenha isenção sobre a parcela de seu salário que vai até R$ 1.313,69 e só pague o IR sobre o que ultrapassa este valor. Confira a nova tabela:

Até R$ 1.372,82- Isento
R$ 1.372,82 até R$ 2.743,25 - Alíquota de 15% e parcela a deduzir de R$ 205,92
Acima de 2.743,25- Alíquota de 27,5% e parcela a deduzir de R$ 548,82
Um trabalhador que receba R$ 5 mil, por exemplo, sofre hoje um desconto de Imposto de Renda da Fonte de R$ 849,81 ( sem considerar dedução com dependentes ou contribuição previdenciária). Com a correção da tabela, o valor será de R$ 826,18, uma queda de R$ 23,63. Isso porque, a parcela a deduzir nessa faixa salarial, que era de R$ 525,19 foi corrigida em 4,5% e passou para R$ 548, 82.

CPMF acaba dia 31 Também a partir de janeiro, as movimentações bancárias de todos os brasileiros ficarão livres da mordida de 0,38%, relativa à Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras.
Até o dia 4, os bancos ainda devem debitar o imposto da conta dos seus clientes, mas por causa de operações realizadas até 31 de dezembro.
Como a incidência da CPMF acontece no momento em que o dinheiro sai da conta - e não quando ele entra - quem tiver saques ou transferências para realizar deve deixar para fazer isso a partir de 1º de janeiro. Numa movimentação de R$ 5 mil, a economia é de R$ 19.


Com o fim da CPMF, o governo criou um novo sistema para controlar as operações financeiras.
A partir de 2008, os bancos terão que informar à Receita dados sobre todas as movimentações de pessoas físicas que somarem R$ 5 mil ou mais no semestre. No caso das empresas, o valor será de R$ 10 mil.

Fonte retirada do site OGLOBO - Link http://www.oglobo.com.br

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Brasil fecha 2007 com menor endividamento em 9 anos

28/12/2007 - 13h11
Brasil fecha 2007 com menor endividamento em 9 anos

Por Isabel VersianiBRASÍLIA (Reuters)
A economia feita pelo setor público brasileiro para o pagamento de juros em novembro ficou abaixo do estimado por analistas, mas o resultado acumulado no ano é recorde e já supera a meta do governo para o ano em mais de R$ 17 bilhões, informou o Banco Central nesta sexta-feira.O superávit primário elevado, aliado ao crescimento da economia e à inflação, contribuiu para reduzir o endividamento do país a 42,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no mês passado, menor patamar desde dezembro de 1998, quando a relação dívida/PIB estava em 38,9%.A expectativa do BC é que, em dezembro, o endividamento fique em, no mínimo, 43,5% do PIB, também menor valor anual desde 1998.O superávit primário foi de R$ 6,817 bilhões em novembro, ante superávit de R$ 5,605 bilhões em igual mês do ano passado.Analistas consultados pela Reuters esperavam um superávit de R$ 8,2 bilhões, de acordo com as projeções de dez economistas.Segundo o chefe de Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, o que surpreendeu foi o resultado das estatais, que registraram no mês um superávit de apenas R$ 26 milhões.O governo central, em compensação, fez um superávit fiscal de R$ 4,784 bilhões, o maior para novembro da série do BC, iniciada em 1991. Estados e municípios registraram um superávit de R$ 2 bilhões.No acumulado do ano, o resultado primário soma R$ 113,387 bilhões, frente a uma meta de R$ 95,9 bilhões.Em outubro, o endividamento havia fechado em 43,2% do PIB. Lopes afirmou que, em novembro, contribuiu para a redução da dívida a depreciação cambial de 2,28%, uma vez que o país é ativo em câmbio.Nos últimos meses, a queda do endividamento tem sido reflexo do resultado primário e do crescimento do PIB. A inflação relativamente elevada medida pelo IGP-DI também tem contribuído para reduzir a relação. É que o indicador é usado para trazer os valores do PIB a preços correntes para efeitos de cálculo da relação dívida/PIB."A tendência de queda mostra a sustentabilidade da dívida. Isso reduz o risco e a percepção dos investidores e isso pode se refletir em um custo mais baixo da dívida", afirmou Lopes a jornalistas.Em 12 meses encerrados em novembro, o superávit primário ficou em patamar equivalente a 4,22% do Produto Interno Bruto (PIB).


(Edição de Renato Andrade) www.uol.com.br/